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sábado, 21 de setembro de 2013

A conversa


O pavão e o urubu tiveram uma conversa de vaidades. As aves, como velada concorrência, queriam terminar com aquela imprópria ciumeira e inveja!
O pavão, ao urubu, comentou aquela facilidade de vôo. Este, lá das alturas, poderia vislumbrar cenários indescritíveis da natureza. Os penhascos, na direção das planícies, ofereciam os espetáculos paradisíacos!
O urubu, ao pavão, falou dos seus ciúmes com o belo colorido. O parceiro, junto ao conjunto das aves, havia ganhado a excepcional bênção. O primeiro, em função do preto, mantinha-se odiado na proporção do segundo muito admirado!
A solução, numa altura da querela, consistiu em chegar a um denominador comum! O pavão, do cativeiro e limpeza, explicou o ônus desse colorido! O urubu, na altura e esconderijo, externou a beleza da liberdade!
O alheio, aos estranhos olhos, parece de melhor qualidade do que o próprio! O cidadão, para ser feliz, precisa aceitar-se daquele jeito como adveio ao mundo! Aqueles que almejam reformular-se e transformar-se acabam por viver infelizes!
Os benefícios ou encargos possuem suas conveniências e inconveniências. As espécies, dentro das virtudes, escondem o segredo da sobrevivência!
                                                                              
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.imagenswiki.com/animais/imagens-pavoes

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