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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O chamado da praça


Um educador, numa praça central da grande cidade, caminha de forma descontraída. Ele, tendo por hábito a pontualidade, preocupa-se com o horário de trabalho!
Um elemento, num estranho trio, chama-o: “- Oh professor! Como vai?” Os dois colegas, parceiros do grupo, dirigem o cumprimento e respeito na direção do pedestre!
O profissional, num impulso repentino, não deixa por menos! Aproxima-se e estende a mão! A admiração e espanto advêm do estado daquele ex-aluno e jovem!
Um moço, com idade aproximada dos vinte e cinco anos, encontra-se chapado e topado. Ele, nem um segundo sequer, descuida e larga o improvisado palheiro!
A doação revela-se completa ao vício! Uma impotência generalizada, com olhos avermelhados e fundos, direciona o jovem velho a continuar na autodestruição!
A profissão, como esperança de continuação e ocupação, liga-se as pinturas de grafite! Alguma sugestão, por procura de auxílio e tratamento, foram certamente em vão!
O antigo mestre ficou numa dor e mal estar: “preciosas vidas jogadas aos porcos”. Este, numa auto-avaliação, questionou-se: “não foram esses os conhecimentos ensinados”. Os jovens poderiam ser um dos seus próprios filhos!
Alguma mudança de rumo, no contexto do embalo festivo e convite fortuito, trouxe a desgraça e miséria! Uma parcela da jovem geração, impulsionada pelo comércio da contravenção, cede e doa-se ao flagelo das drogas!
Uma existência, dedicada ao prazer do vício, promete uma trajetória curta e dolorosa. Certas mazelas, ao cidadão curtido e vivido, dilaceram e machucam o coração. A sensação de impotência, diante duma ardilosa e escamoteada estrutura pelo dinheiro, demostra a crueldade do gênero humano (aos próprios da espécie).
                                                                          
   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.rodrigovianna.com.br

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