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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A montanha da vida



O indivíduo, na odisseia de oito a nove décadas, pode comparar a vida. Esta, a semelhança duma montanha, apresenta a subida e descida!
A primeira, num contínuo elevar, inicia com o desabrochar da nascença e estende-se até os aproximados cinquentas anos. A fase, como uma constante festa, mostra-se a época da força e vigor!
O cidadão, na progressiva escalada, acha as coisas uma brincadeira e diversão. As energias, depois duma ceia reforçada e noite bem dormida, encontram-se rejuvenescidas e revigoradas. O período revela-se próprio as aprendizagens, conquistas, façanhas...
A segunda, na proporção da achegada ao cume, sucede-se depois de meio século. O indivíduo, de forma acelerada, inicia a permanente descida. As dores, estresses, neuroses e patologias revelam-se de forma acentuada e frequente!
O indivíduo, com o corpo dolorido e requebrado, encaminha-se ao desfecho. O período, junto aos filhos e netos, ostenta-se próprio aos ensinamentos, histórias, repousos... A consciência aponta análises e avaliações dos acontecidos e trajetória!
O curioso, sem maior esforço, relaciona-se a saúde: qualquer santo ajuda rumo ao caminho derradeiro! O tempo final transcorre ainda mais adoidado! Aconchega-se, mais ou menos hora, em que qualquer dia mostra-se uma bênção e conquista!
O indivíduo, na velhice, pode esquecer a ideia de querer acumular e conquistar patrimônio. Os períodos, nas diversas fases, ostentam suas dores e sabores! Felizes daqueles, com inteligência e sabedoria, conseguem da vida fazer uma festa e obra-prima!

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Obs.: História narrada por Annilda Strate Lang (1927-2007), Teutônia/RS/ Brasil.

Crédito da imagem: http://www.papeldeparede.fotosdahora.com.br

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