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sábado, 18 de maio de 2013

A anômala competição



Um grupo de familiares, numa festa de virada de ano, reuniu-se à tradicional confraternização. A cervejada, no ambiente festivo, rolava em dúzias e engradados. Uns participantes, como não podia deixar de ser, passaram cedo da cota de consumo!
Dois bêbados, diante da plateia e torcida, improvisaram uma anômala competição. Ela, por alguma dúzia de cerveja (como aposta), versava em fazer o idêntico à concorrência.
O primeiro improvisava tarefas e o segundo refazia-os de forma instantânea. Algum árbitro, de comum acordo, foi nomeado (para desfazer eventuais dúvidas e regras).
Os atos, numa sequência, foram: 1) atravessar a nado o açude; 2) correr adoidado moro acima; 3) incursionar pelo pomar...  A quarta tarefa ficou de ver navios!
O local, das frutas, continha uma comunidade de abelhas. O primeiro, num ato apressado e repentino, alevantou a tampa da caixa. Este, de imediato, sumiu-se entre o arvoredo. O segundo, conforme a regra da brincadeira, aconchega-se para refazer a tarefa.
Os insetos, numa ferocidade ímpar (com a mexida), encheram o lombo de ferroadas do segundo. Ele simplesmente careceu de cumprir o combinado. A obrigação consistiu em pagar a dúzia. As gargalhadas foram à diversão do dia! A história ficou resguardada nos anais dos relatos familiares!
As competições atiçam e cativam o gênero humano. As pessoas bêbadas improvisam absurdos e incorrem em riscos. Quem já não entrou em umas e outras frias?

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.frutifique.com.br/

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