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domingo, 1 de dezembro de 2013

Um pé rapado


A agremiação partidária, recém criada, lançou uma nominata de candidatos a vereança no vindouro pleito. A má gestão acirrava os ânimos duma reviravolta na política municipal!
A dificuldade, nos lugarejos e vilarejos, consistiu em achar gente disposta a concorrer diante das “velhas raposas”! A oposição significava abrir mão aos dispêndios de campanha!
Um pacato cidadão, honesto nas intensões, concordou em arriscar a sorte. Este, como novato, desconhecia a artimanha e conclave de somar votos aos batidos e curtidos elementos!
O sicrano, com imensas dificuldades na oratória e retórica, somou-se num comício. Este, sucedido no interior de modesta localidade, ganhou a chance de discursar e falar!
O nervosismo, de externar em público, trouxe breve lapso de memória. O calafrio tomou conta do organismo. O gaguejar tornou-se sina no palavrado!
A ímpar expressão, em meio ao presente eleitorado, apresentou especial pérola. Este, nas muitas e variadas conversas, ganhou os ares da gozação e graça!
A expressão chave, entre outras, consistiu: “- Eu, como migrante, ostentei-me um pé rapado como vocês aí”! As exclusivas palavras ceifaram quaisquer pretensões de vitória!
Quem conta uma história aumenta um conto” A política ostenta-se campo fértil as brigas e intrigas!
                                                            
         Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Obs.: História narrada por Carlos Alexandre Lang/Bairro Quinze/Igrejinha/RS.

Crédito da imagemroseli-balbobelaflor.blogspot

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