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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Obra do Espírito Santo


O educador, aos ajudantes da aula, pediu a singela colaboração. O descalabro, na limpeza da sala, exigiu a providência. A carência, no pessoal da faxina, reforçou o chamado!
O pedido relacionou-se a ocasional varrida da sala. O estado, depois de alguns períodos, apresentou-se lastimável. Os auxiliares, num certo contragosto, fizeram a cortesia!
Uns colegas, a título de provocação, diziam: “– Os puxa-sacos e trouxas do professor”. A recomendação, diante da realidade, conclamava a ninguém descartar lixo!
O trabalho, na indignação, sucedia-se no ato. Algum papel apareceu cedo estirado. O mestre, diante da turma, cobrou autoria: “- Alguém nunca foi! Tudo uns belos santos!”
A ação revelou-se obra do Espírito Santo. O princípio, no ente público, prevalece: “- Difícil alguém ser digno nos improcedentes atos.” O anonimato prevalece nas adversas práticas!
As pessoas, na maior cara de pau, mentem de forma desgarrada. A legislação frouxa favorece a malandragem. O princípio subsiste em safar-se das obrigações e penalizações!
As vantagens avolumam a porção de interessados. A personalidade digna prima em assumir a autoria das atitudes e atos. Uns, como imbecis, fabricam seu autoprejuízo!
A dupla personalidade ostenta-se uma sina humana. A impunidade favorece e incentiva o descalabro do ente público!

                                                            Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cleofas.com.br

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