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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

As especiais sesteadas


A comunidade colonial, com as frequentes premiações, vivia obcecada pela febre do jogo. As apostas, no bicho, viram-se acentuadas no conjunto das famílias!
A sorte grande, no acerto a principal numeração, poderia “tirar o pé do barro” alguma família. A cobiça e obsessão, no propósito de ganhar, introduziu esdrúxulo  comportamento!
Alguns aficionados, “adeptos fervoroso da boa vida”, improvisaram forma de angariar números. Estes, nas refeições, empanturravam-se de pesadas e variadas comidas!
Os cardápios, a base de carnes, cereais, ovos e tubérculos, constituíram-se de difícil digestão. Os apostadores, nas sesteadas, deparavam-se com pesadelos e sonhos!
Os jogadores, numa anomalia estomacal, vislumbraram números e sorteios. Estes, às pressas, eram listados. Alguns, por dias ou semanas, jogavam aquelas fantasias e sonhos!
O bicheiro, nos momentos subsequentes, viu-se requisitado nos serviços. A sorte grande, uma vez por todas, deveria resolver as penúrias monetárias!
A escuta e torcida, através da radiodifusão, ganhava ares de acirrada atenção e concentração. Alguma esporádica premiação, nas quartas e sextas, atiçava a ganância!
O indivíduo, em momentos, parece que enxergou a totalidade dos absurdos e  logo vê alguns maiores! “Cada louco com suas crendices e manias”!


Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.sitedecuriosidades.com/

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