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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A ímpar grossura


A meia dúzia de rurais, no encontro ocasional, falou sobre temas coloniais. A conversa, desta feita, tratou de madeiras! A rica flora via-se rico patrimônio das extrações!
O corte de troncos, na nativa mata, entrou na pauta das discussões! As espécies, como angicos, cabriúvas, caneleiras, canjeranas, cedros, foram especial referência!      
O beltrano, conhecido mentiroso, precisou intrometer-se na conversa. Ele, como de práxis, precisou externar sua pérola. Outra estória para enobrecer e enriquecer o acervo!  
O relato, em síntese, versava: “- A minha propriedade, lá nos fundos da sanga, abriga excepcional caneleira. Ela, como tora, fora poupada das devastações da colonização!”
A lorota prosseguiu: “Mesmo abraçado por quatro homens, ainda falta braçada para completar a tamanha grossura do tronco. A árvore assemelha-se ao tradicional umbu!”
Uns, por vocação, possuem facilidade na mentira. A ideia essencial reside no bem próprio sempre ser o melhor. O conhecimento e raciocínio alheio perpassam como imbecis!
Alguns, na santa burrice, precisam ser apreciados nas falácias! O falante, na repetência dos relatos, acaba acreditando nas próprias lorotas e mentiras!
                                                    
                    Guido Lang
“Contos do Cotidiano da Vida”

Crédito da imagem: http://pu3yka.com.br/

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