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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A anomalia colonial


As colônias, nas sucessivas décadas, deparam-se com um problema social. As gestações masculinas, na natalidade, viam-se superiores aos nascimentos femininos!
O problema resultou numa apressada e desesperada procura por mulheres. Os matrimônios viram-se limitados nos pares. Alguns rapazes ficaram candidatos a solteirões!
As jovens meninas, dos quatorze aos dezoito anos, viraram alvos de acirradas disputas. Elas, após as comunhões ou confirmações, recebiam os convites dos enlaces matrimoniais!
O temor, na diária preocupação máscula, consistia em achar alguma. A vida de solteirão, depois de certa idade, aumentava as dificuldades de achar alguma cara metade!
A competição e procura carecia de dar trégua. Os camaradas mexiam-se em apressar as companhias e parcerias (ou “ficavam a ver navios”). A esperteza havia em ganhar a corrida!
As eventuais viúvas, depois do luto pelo finado, ganhavam cedo os galanteios! Estas, com alguém, consistiam em refazer a vida. A situação, com filhos menores, via-se necessária!
Diversos moços, diante da sobra, trataram de ”ensacar a viola”. Estes, como opção, procuravam migrar na direção das áreas de colonização ou principiantes cidades!
Os casamentos mistos, na proporção de haver moças, viram-se intensificados. As velhas colônias, numa evasão de décadas, foram fornecedores de massivas gentes!
Os atuais jovens convivem na carestia feminina. As moças, no geral, optam em manter distância do trabalho rural! Elas, com namorados urbanos, preferem residir nas cidades!
O casamento, na criteriosa seleção, ostenta-se ousada aposta. Alguma acertada escolha evita uma porção de aborrecimentos e atropelos!

                                                                   Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Obs.: História narrada pelo professor Benno Michel/Pontes Filho/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.enoivado.com.br/

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