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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As gentilezas


Um ancião, filho de família grande, adorava e estimava crianças. Os pequeninos, com as agitações e brincadeiras, constituíam as alegrias e satisfações das moradias e pátios!
O senhor, nas idas e vindas pelas colônias, via a realidade dos rebentos. Diversos pais, em inúmeras situações (como companhia), levavam os menores às tradicionais vendas!
Os adultos, em meio às carências monetárias, satisfaziam-se nos consumos. Os filhos ficavam “restritos as migalhas”. O ancião, na realidade, procurava implementar alegrias!
O cidadão, como guloseimas e refrigerantes, adquiria aos sofridos. Os artigos, diante do consenso dos conhecidos pais, viam-se distribuídos como gentilezas!
O prazer, numa aparente festa de piquenique, consistia em ver felicidade e gargalhadas. Os felizes, às mães, falavam e relatavam o gesto do “bondoso e generoso tio”!
Os dispêndios, como abonado e ousado investidor, faziam escassa diferença. O Criador, numa longa vida, tinha sido generoso. As milagrosas mãos haviam dado abundância!
O ancião, num belo dia, pereceu de idade. Os pequenos tornaram-se adultos e pais de família. As reminiscências, com histórias das gentilezas, viam-se comentadas e relatadas!
Os beneficiados, nas visitas aos finados, circulavam diante da sepultura. Este, no derradeiro descanso, via-se reverenciado em orações e relatos pela nobre ação!
Os espertos, carismáticos e mercadores, junto aos pais, conquistam primeiro a simpatia dos filhos. As modestas atitudes e nobres gestos resguardam-se nos registros da memória comunitária!

Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.homeportfolio.com/bar/photos/traditional

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