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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A vaidade


A idade começou a bater diante da porta da vida. Os anos passaram rápidos e o “número dos setembros” (idade) acumulou-se no organismo!
A terceira idade achegou-se bem antes do imaginado e previsto. Os problemas próprios, dessa excepcional fase, avolumaram-se nas mudanças das aparências!
O cidadão, diante do tabu, tenta disfarçar as mazelas do tempo. O espírito de guri, na esperança de arrumar algum broto, fraqueja diante do desgastado e sofrido corpo!
O cabelo, junto à calvície, reflete a real situação dos anos. O sicrano, diante da queda e variação do couro cabeludo, recorre ao subterfúgio da pintura!
O candidato a ancião, numa competente profissional, procura o serviço da tintura. A mudança discreta de visual tomou sentido! Um couro cabeludo diverso saiu como vitrine!
O amigo, tradicional colega, “extraiu a casquinha”. Este, como implicância, quer saber critérios de escolha, dosagem dos produtos, número da tintura, telefone da cabeleira...
As periquetes, apreciando a diferença, externam a admiração e elogio. O sicrano, “como escovado e penteado cavalo adora e quer grama nova”, transformou-se num guri!
A vaidade, como aceitação social, exige altos investimentos e tempo. O diferente, numa primeira impressão, revela admiração e espanto! O diverso origina gozações!
O comércio de serviços inventa necessidades e novos nichos econômicos. A idade, diante do desgaste do tempo, carece de perdoar quaisquer viventes!
                                                                                                                
                                                                    Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.cygnuscosmeticos.com.br

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