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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A distância do trabalho


Dois assalariados, numa época, labutaram numa década no idêntico estabelecimento. As partes, a cada dia, conversavam e trocavam informações!
A condição de veteranos, na ascensão profissional, levou a mudança de setores do serviço.
O curioso relacionou-se aos encontros. Os funcionários, no mesmo prédio, labutavam os dias e meses. A distância, dos locais de trabalho, era de menos de uma centena de metros!
Um, nos serviços, fazia o expediente no andar de baixo e outro andar acima. O contato, deveras ocasional, fazia-se unicamente nas entradas e saídas!
A preocupação essencial consistia em seguir a sina da sobrevivência. Os ambientes, cenários, colegas e horários mudaram nas andanças e mudanças dos cargos e postos!
A amizade e cumprimentos sustentaram-se nos esporádicos encontros e reencontros. As afinidades, com a falta de convivência, passaram a ser diminutas e restritas!
Os amigos, numa existência, carecem de preencher uma mão cheia. Os familiares, numa emergência, revelam-se unicamente os verdadeiros companheiros e parceiros!
A realidade revela: as pessoas encontram-se distantes nos interesses e perto nas distâncias. Os relacionamentos, nos ambientes urbanos, carecem de criar maiores afetos e vínculos (prevalece a ideia: “cada um para si e Deus para todos”).

                                                                                               Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://ladyvih.blogs.sapo.pt

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