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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O crédito


O arigó, na abundância de crédito, queria usufruir da bonança e fartura! Este se fantasiou de abonado e ousado! A admiração e espanto despertou-se entre amigos e vizinhos!
O fulano, na facilidade dos empréstimos, colocou veículo novo na garagem. A alugada mansão ganhou a melhor mobília. A diversão ocorreu nos refinados ambientes.
Os conhecidos, na vizinhança, admiraram-se da repentina ostentação e riqueza. Onde teria auferido tamanha grana? Alguns suspeitaram do envolvimento em escusos negócios!
Os meses transcorreram naquelas excepcionais compras e sucessos! As exigências monetárias, numa altura dos cartões e empréstimos, deram as graças das cobranças!
Os credores, com polpudos dividendos, queriam o retorno das cedências. O endividamento, em prolongados anos, levou as renegociações de prazos e valores!
Os ganhos, em comprometidas somas e vários anos, mantiveram-se parceladas. As aquisições, na prática, não passaram de cedências de domínio de uso!
A labuta, em longas e penosas horas, custeou a manutenção. O objetivo mantinha-se em sustentar o avolumado. Os investimentos novos revelaram-se minguados!
O crédito escasseou com os endividamentos! Os comentários maldosos difundiram-se nas relações. Os fornecedores limitaram negócios! Os calotes viram-se sucedidos e temidos!
O milagre financeiro, com as alheias economias, ostenta-se uma falácia e ilusão. A opulência, para angariar aparências, esconde armadilhas e superfúgios!
                                                                                                   
                                                                                                         Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blog.estudeadistancia.com

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