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sábado, 5 de outubro de 2013

A dor da perda


Um casal mostrou-se deveras abonado. O trabalho, através da dedicação e inovação, trouxe o bem estar e progresso familiar! A felicidade complementava o casamento!
Algumas dezenas de hectares de terra possuía como meios de produção. O conjunto de maquinário, básico à exploração do solo, viu-se paulatinamente comprado e empregado!
Uma ampla moradia e luxuosos veículos somaram-se as necessidades de subsistência. A parte financeira e material absteve-se de maiores carências e preocupações!
O problema encontrava-se na sucessão. O único filho, como maior patrimônio, acabou ceifado pela chacina do trânsito! A morte súbita revelou-se o flagelo dos genitores!
O jovem, em tenra idade, partiu a outra instância. Uma dor irreparável, de moer o ser, abateu-se sobre os pais! O tesouro material, por falta de sucessão, encontrou-se a deriva!
O homem e mulher, nos cantos e recantos, choravam e lamentavam a tragédia. A loucura da velocidade, na batalha das rodovias, havia ceifado outra valiosa vida!
A desgraça tinha proporcionado um revés deveras doloroso e pesado! O encanto dos dias viu-se esvaziado! O jeito, em meio à infindável lamúria, consistiu em continuar a jornada!
As pessoas, na trajetória terrena, deparam-se na mescla do bondoso com o cruel dos dias! A felicidade plena, em meio às abundâncias e carências, revela-se uma utopia!
                                  
                                                                                  Guido Lang
"Pérolas do Cotidiano das Vivências"
                                                                           
Crédito da imagem: http://pt.gdefon.com/download/estrada_campo_paisagem/388926/1680x1050

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