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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O serviço do corpo


Uma jovem, esbelta e ousada, aconchega-se ao expediente de trabalho. A conversa, com afirmações e revelações, estende-se aqui e acolá entre amigas e conhecidas!
A menina moça, viciada em compras e consumo, deseja valer-se do amor e esperteza. Esta, a alguma íntima, desabafa e revela um singelo desejo e procura!
O propósito, diante da ânsia consumista e carência financeira, consiste em aconchegar-se nalgum abonado e estabilizado velho. Um endinheirado para custear as contas!
O cidadão, ignorando diferenças etárias, poderia ser pai da jovem. O companheiro, num golpe do baú, assumiria os muitos e variados carnês de lojas e empréstimos bancários!
Alguma atirada, no trabalho, sucedeu-se no colega veterano. O senhor, como estabilizado e separado, recebeu o número do celular. Um bilhete, na mesa, sinalizou o dado!
O fulano, dentro dos desejos e necessidades, poderia pedir a qualquer momento. Alguma janta e passeio, antes do favor e mimo íntimo, poderia enfeitiçar a convivência!
“O graúdo peixe, na tentativa da fisgada, mostrou-se prudente e sábio”. Algum conselho, do achegado amigo e colega, “alertou da necessidade de abrir olhos e ouvidos”!
O objetivo, em síntese, consiste em colocar a mão no alheio benefício e patrimônio! O trabalho próprio, como jovem empreendedora e profissional, ficaria “num adeus dará”!
O amor e felicidade, sem maior dinheiro, ficam postergados aos filmes e novelas. A realização e satisfação, como indivíduo autônomo e feliz, limitam-se ao plano secundário!
O amor, sem o malfadado dinheiro, revela-se esperança e sonho. As conversas e olhares, afetuosos e bonitos, escondem encruzilhadas e interesses. O serviço do corpo, como profissão primeira, ostenta-se acirrada e comum!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://galeriadefotos.universia.com.br

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