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sábado, 10 de agosto de 2013

Um namoro virtual


Uma esperta e singela moça, criada nas colônias, procurou inovar no relacionamento. As facilidades de comunicação, com a Internet, permitiram constantes e fáceis contatos!
A cidadã, no manejo do acolá e aqui da máquina da informação, conheceu certo parceiro. Este, morador da megalópole, despertou interesse e paixão pela sua fala mansa!
Os contatos passaram ser contínuos e diários. A comunicação, nos recursos do site (como almas gêmeas), “implementou as turbinas”. O amor vencia barreiras e distâncias!
A beltrana, numa altura, recebeu convite de ir conhecer o fulano. Ela, embonecada e esbelta, dirigiu-se de avião à megacidade. O bem amado recebeu-a na propagada residência!
A surpresa, de cair o queixo, sucedeu-se: “- Morador miserável duma infindável favela! Outro submundo das muitas periferias! Um contraste chocante com a pacata vida do interior!”
A reação extrema e repentina ocorreu numa meia volta. O retorno, às pressas, fora a escolha. A casa paterna mostrou-se o porto seguro! A certeza de não “comprar gato por lebre!”
A menina moça aprendeu a lição das aventuras amorosas serem arriscadas e complicadas! A escolha sábia obriga a conhecer bem a parceria (antes de maiores compromissos e doações).
A divisão das misérias pouco encanta e interessa. Averiguar as realidades ostenta-se um princípio e segredo do êxito dos empreendimentos. O virtual descreve uma realidade, a prática escreve outra situação!

                                                                                    Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://presentepravoce.wordpress.com

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