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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A execução fiscal

           

           Um cidadão, depois de décadas de estudo, trabalhou adoidado. Este tinha a obsessão de ganhar dinheiro. A ideia, aos familiares, consistia em oferecer dignidade e qualidade de vida!
          O fulano, depois de alguns bons anos, angariou expressivas somas. Ele pode adquirir as necessidades básicas e constituir algumas reservas!
Um cochilo ou desleixo, num resquício na declaração de renda na receita, sucedeu-se no ínterim dos atropelos e correrias. A preocupação, como marinheiro de primeira viagem, consistia em trabalhar o máximo de horas para ganhar!
O imprevisto, num certo dia, ocorreu com a visita surpresa do oficial de justiça. Ele, a mando da Justiça, veio trazer uma execução fiscal! O resquício havia avolumado alguma fortuna!
O cidadão, num processo judicial às escondidas, perdeu causa e  passou a dever ao fisco. O processo, com encargos, juros e mora, avolumou exorbitante soma!
O indivíduo, em dias, precisou honrar os encargos. O contribuinte, em meio ao desespero, procurou renegociar de forma amigável o débito na receita.
O contribuinte, numa altura das conversas, escutou a pérola da sua vida. A fala, externada pelo funcionário chefe, resumia-se numa singela frase: “- A obrigação do cidadão consiste em conhecer e cumprir as obrigações com a pátria!”
O acerto, como parte fraca, aconteceu na marra!  As economias, daqui e dali, foram exprimidas e reunidas. O rombo, com o suor e sangue, viu-se coberto e pago!  
A poupança, por décadas economizada e reunida, foi “doada e repassada ao erário”. O trabalho oneroso e pesado em vão!
O cidadão, no final, desabafou: “- Criou-se outro vadio! Quê adianta labutar nessa ganância fiscal? O trabalhador econômico e investidor vê-se extorquido e punido pelas taxações! Os políticos, no ínterim, fazem festa com os recursos do erário! O jeito consiste em engrossar a fila dos espertalhões e pedintes!”
Os barnabés, reais produtores das riquezas no chão das fábricas, pagam o ônus das contas públicas. O fisco, em nome do governo, avoluma e recolhe: nada chega e satisfaz em função da festança e gastança. Os coitados, na final da ponta, carecem de maiores chances e opção de safar-se do fisco.

                                                                              Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências"

Crédito da imagem:http://euacheiprimeiro.com

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