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sábado, 27 de julho de 2013

Um melindroso número


As pessoas, na proporção da idade, convencem-se do rápido transcorrer do tempo. Os dias, semanas e meses, na proporção dos anos, assumem a aparência de cada vez mais acelerados!
Inúmeros amigos, familiares e vizinhos anteciparam-se na partida ou viagem derradeira. A fila, das constantes escolhas, diminuem rápido de tamanho! Os parceiros, da assemelhada faixa etária, reduzem-se continuamente!
A conversa vai e vem sobre a prestação de contas! Um ancião, no sabor da reflexão, apontou a singela descoberta ou suspeita. Este, aos incautos e supersticiosos, chegou a assustar e reforçar temores!
O diálogo ligou-se temida idade dos sessenta e seis. Esta, entre os muitos números de anos, seria o mais melindroso da existência. Uma espécie de cheque mate ou número da besta!  
O caso ligaria a uma costumeira confusão de São Pedro. O santo, responsável pelas escolhas dos inúmeros chamados as alturas, confundir-se-ia com extrema frequência!
O santo, olhando de cima abaixo (do céu à direção da terra), faria suas escolhas. O equívoco, como genérica confusão, ligaria do seis pelo nove.
Os sessenta e seis passariam a significar noventa e nove! A razão de inúmeros irmãos perecerem nesta primeira idade! Os cuidados, próximo à data, revelar-se-iam redobrados!
Uns, em meio às desgraças e pesar, conseguem ainda fazer brincadeiras e chacotas. O cidadão nunca sabe do real infortúnio a espreita. As pessoas, em estórias e mentiras, revelam-se muito criativas e ousadas!

                                                                                        Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.maestrobilly.com.br

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