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segunda-feira, 15 de julho de 2013

O modesto pedido


O cidadão, na calada da noite, anda numa centralizada rua. Este, de supetão, vê-se parado e surpreendido pelo adolescente. O jovem poderia ser outro dos seus adorados filhos!
O indivíduo, na aparência de mendigo, assusta-se com o esfarrapado e sujo ser. Este, a semelhança dos ratos, saiu de algum beco e buraco. A cena choca e dói o coração!
O fulano, em mãos unidas em oração, implora: “- Senhor! Sou morador de rua! Não tenha medo! Eu não sou assaltante e nem ladrão! Peço algum troco para comprar comida!”
O estranho, repleto de compaixão (com um idêntico da espécie), diz: “- Estimado! Dinheiro eu não dou! Podes acompanhar-me até a esquina. Pago-lhe algum espetinho!”
A dupla, numa companhia, caminha ao entrocamento de rodovias. Ele, entre as variedades de carnes, pôde escolher a vontade. Alguma conversa desenrolou-se no ínterim! 
O muito obrigado, entre o consumo e condição social, acabou ignorado! O jovem, como algum zumbi, sumiu em seguida entre prédios e ruas!
Conhecidos e estranhos, em meio ao consumo, admiraram-se do nobre gesto. Os comentários relacionaram-se ao flagelo das drogas! Estas, em cruéis exemplos, ceifam uma civilização!
Uma jovem vida, como gaiato, direcionou-se à decadência e servidão. A miséria humana, em função da ganância, vê-se gerada pela inconsequência de produtores, traficantes e vendedores!
O cidadão, ao semelhante, não pode rejeitar alguma água ou comida. O espírito cristão comprova-se através da nobreza das práticas. Certos indivíduos, como instrumentos da morte, deveriam carecer de maior dó e piedade!
                                                                          
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://poesialvaro.blogspot.com.br

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