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segunda-feira, 29 de julho de 2013

O azar do gambá


Uma família ao qual morava na cidade resolveu enveredar pelas colônias. Ela, num domingo de verão, queria maior distância do calor do asfalto e concreto!
Esta, numa circulação pela estrada marginal, deparou-se com um ingênuo e modesto bichinho. O animal, por alguma razão, mantinha-se desnorteado e órfão!
A esperteza e ousadia, a pedido da filha menor, consistiu em apanhá-lo e querer domesticá-lo. Este, como tenro filhote, acabou enrolado e colocado veículo adentro!
A família, no retorno a aglomeração urbana, andou uns bons quilômetros na rodovia principal. Esta, numa casualidade e surpresa, viu-se parado numa blitz da polícia rodoviária!
O transporte de animais, espécie da fauna silvestre, mostra-se crime inafiançável pela legislação ambiental. O condutor, não podendo pagar fiança, acaba direto no “xadrez” (cadeia)!
A mulher, como paliativo de safar o marido, ostentou uma genial e inusitada ideia e prática. Ela, sem menor dúvida e às pressas, enfiou o inocente bichinho debaixo da saia!
A senhora, as amigas e familiares, relatou posteriormente a façanha. Alguém, criado nas colônias, interrogou: “- O cheiro impróprio como ficou?” 
Esta, pensando tratar-se duma referência ao final da menstruação, externou o completo desconhecimento. A fulana, numa frase, sintetizou: “- O gambá que se ralou!”
A extrema necessidade leva a reações e soluções inusitadas. Inúmeros consumidores desconhecem o singelo trabalho da produção básica dos alimentos. Certas histórias, pela anomalia e ingenuidade, acabam comentadas e rememoradas!

                                                                               Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gamb%C3%A1.jpg

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