Translate

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um comentário impróprio


Um educador, no ensino fundamental, encontrava-se a dar sua tradicional aula semanal. Este, diante de costas do quadro verde, encontrava-se a escrever algum conteúdo específico.
Um aluno, nos comentários comuns entre as tarefas, explanou a sua pérola. Este, achando-se muito esperto e íntimo, desafiou: “- Professor! Como diriges uma carroça (carro) tão velha? Precisarias comprar um veículo novo!”
Alguns colegas, daquele grupinho dos malandros, deram gargalhadas e palmas. Estes, conhecendo a figura do professor (de não deixar por menos), ficaram na expectativa da resposta! Uma interrogação, no ambiente de estudo, fora de contexto dessas!
O profissional, num breve instante, para a atividade. Ele, de forma direta (olho no olho), encarra o espertalhão. Este, numa aparente indiferença, prossegue na cópia do quadro!
O profissional, com sua tradicional afiada língua, então rebate: “- Beltrano! Acho estranho ‘algum expresso canelinha’ (que anda a pé) querer opinar sobre o meu veículo! Aceito, de bom grado, opinião de entendidos e especialistas. Ouvir agora, quem está bem pior, revela-se uma burrice e chatice!”
Uns, em função da amizade e intimidade, adoram intrometer-se na vida alheia. Alguns elementos, achando-se deveras importantes e interessantes, precisam de limites. Os educadores, nas suas práticas cotidianas, vêem-se questionados pelo alunado!
A mania imprópria de preocupar-se com os bens alheios (em detrimento aos próprios). Alguém, aos malandros, precisa dizer e ensinar umas e outras boas! Educador, no contexto das aulas, escuta muitas abobrinhas e impróprios.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://maonarodablog.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário