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sábado, 1 de junho de 2013

O invejado beijo



A sicrana, num movimentado baile, entra toda cheirosa e embonecada no salão. Esta, como forasteira, conhece poucos e desconhece outros muitos frequentadores.
Esta, em meio a aparente folia e penumbra, encontra uma velha conhecida. O tradicional cumprimento revela-se um abraço e beijo. Uma norma corriqueira como manda a convivência e educação.
O beltrano, um completo desconhecido, repara as conversas e os cumprimentos. Este, na passagem da sicrana, trata de interrogar: “- Só ela ganha as cortesias? Encontro-me carente e enciumado desse afetuoso abraço e caloroso beijo!”
A sicrana, interessada nalguma companhia masculina, não deixou a retribuição por menos. Ela tratou de externar a gentileza assim como ganhar a devida contrapartida.
Uma amizade nova viu-se estabelecida a partir duma modesta implicância. O teor das palavras traduziu as vontades! As afinidades atraem as companhias e pares!
A felicidade, num aspecto, consiste em estar próximo aos amores! O carisma exprime-se em ter os estranhos como amigos e íntimos. O cidadão, neste mundo, precisa ser astuto e esperto com razão de saber viver com os tipos humanos e lugares!                                                                                                                                                                             
Guido Lang
“Singelas Crônicas do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem:http://fabioalx.blogspot.com.br

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