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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Os muitos e variados craques


Um trio de migrantes, como profissionais da educação, foram contratados para lecionar numa tradicional instituição de ensino.
Estes, nos intervalos das aulas e corredores do estabelecimento, faziam referências elogiosas sobre a terra de origem. Os colegas, diante das conversas dos ocorridos e vivências, ficaram admirados e enciumados.
A vontade não faltou de conhecer as distantes paragens! Esta conversação, a uns bons meses, via-se arrastada nos começos e intervalos das jornadas.
Um conhecido, diante das frequentes explanações, resolver fazer uma interrogação. Este, sem floreios e rodeios, perguntou: “- Sê o lugar mostra-se tão abençoado! Por que vocês não ficaram por lá?“ O interrogador, numa sútil malícia, pensou em constranger o ouvinte!
Este, de forma apressada e esperta, respondeu numa singela figura de linguagem. Esta, como resposta, consistiu: “- Desde quando os craques conseguem ser reunidos e jogar num exclusivo e único clube e time! As vocações, muitas e variadas, vêem-se difundidas e espalhadas nos amplos espaços!”
O fato mostra-se uma realidade corriqueira das colônias. As localidades dispensam e dispersam os vocacionados filhos (na direção das cidades). Estes, como educados e treinados no trabalho braçal, revelam-se ambicionados e disciplinados assalariados.
O fluxo de gente, campo-cidade, tem sido uma realidade histórica. As pessoas migram na proporção das necessidades e oportunidades. A sobrevivência obriga a abraçar e realizar tarefas duras e variadas. 

Guido Lang
“Singelas Crônicas do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://esportes.terra.com.br

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