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quinta-feira, 6 de junho de 2013

O estranho comportamento canino



Uma determinada sociedade esportiva promoveu seu grandioso jantar baile. O evento anual, junto à semana do município, procurou romper a monotonia e rotina colonial!
Os forasteiros e moradores, de inúmeras paragens e procedências, afluíram ao centro comunitário. A tripa grossa mantinha-se como especial atrativo e saboroso cardápio!
O conjunto musical, a princípio conceituado (pela propaganda da mídia), foi contratado para animação (como outro chamarisco). Este, com ampla parafernália eletrônica, “colocou o volume as alturas das nuvens”.
A própria voz, em momentos, parecia desatendível e sufocada. Uma singela dessintonização no fundo do controle, parecia acompanhar a algazarra e barulheira. Uns pareciam desnorteados com os chiados nos ouvidos e voz roca nas eventuais conversações.
O curioso, noutro dia, sucedeu-se com a cachorrada. Os animais, com a audição sensível, não puderam cochilar ou dormir durante o barulho. O bicharedo, noutro dia, obrigou-se a esticar o sono.
A localidade, numa aparente inexistência, conheceu a ausência dos rotineiros e tradicionais latidos caninos. Um fato raro para quem reside nas localidades. O indivíduo pode fazer uma leve ideia dos prejuízos ocasionados à audição (com os exagerados volumes).
Os frequentadores, como noutros eventos barulhentos, brincam e prejudicam a audição. A barulheira de uns ostenta-se animação para outros. O difícil, com a miscelânea de opções e recursos eletrônicos, consiste em atender e satisfazer os muitos e variados gostos.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://inexo.com.br

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