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terça-feira, 4 de junho de 2013

A refrigeração caseira


Os antigos, nos porões das casas coloniais, construíam um singelo detalhe nas paredes dos alicerces. Algumas cavidades/entradas, em poucas moradias centenárias, comprovam a sabedoria colonial.
As cavidades, no contexto das sólidas pedras, viam-se deixadas abertas à refrigeração. Os rurais, diante da inexistência de geladeiras e freezers, trataram de armazenar e guardar banhas, cervejas, doces, mel, melados, natas, refrigerantes, schmier...
Os cuidados, como depósitos alimentares, ostentaram-se com recipientes bem fechados e tampados. O temor relacionara-se a incursão de eventuais insetos e mofos. O acúmulo de materiais, em função de roedores, mostrara-se descartado.
Os espaços frescos e secos, debaixo das casas, preservaram a frescura natural própria aos artigos/produtos. Uns, por meses e anos, viam-se armazenados e guardados no espaço. Estes, de maneira geral, ostentaram-se a qualidade como recém colhidos ou fabricados.
Algumas colheitas, como alhos, batatas, cebolas, feijões, ovos, sementes, somaram-se ao conjunto das armazenagens. A ausência de insolação diminuía as chances de brotações. As reservas alimentares era precaução aos rigorosos invernos e infortúnios nas safras!
O local, em algumas residências, consistia também no lugar específico das muitas carneações (sobretudo de suínos à extração de banha). Os familiares, em meio ao esquartejamento das vítimas, podiam labutar alheios as chuvas, insolações e serenos. A estrutura existente evitava maiores atropelos e correrias!
As gerações, em meio aos recursos da época, mantinham suas soluções e paliativos. A consorciação, entre o agradável e útil, manteve-se como segredo do êxito e sucesso colonial. Os espaços sobrepostos, bem administrados e gerenciados, evitaram dispêndios com conjuntos de instalações.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Obs.: Relato de Hugo Bergmann de Linha Clara/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com

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