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sábado, 6 de abril de 2013

O rato do campo e o rato da cidade



Um rato que morava na cidade, foi passear no campo. O rural recebeu-o gentilmente e deu-lhe um banquete de ervas e raízes. Não gostando de tal estilo de vida, o urbano disse:
- Amigo, tenho dó de você; como pode ficar resignado com semelhantes coisas? Venha comigo para a cidade e veja o que é fartura, o que é viver!
 O outro aceitou. À noitinha estavam ambos em uma bela e rica residência, em uma bem provida despensa: queijos, lombos, o perfumado toucinho, tudo os incitava; desforrando-se de sua longa dieta, o rato do campo regalava-se. Subitamente range a porta, entra o dono e: com ele, dois gatos.
O rato da casa achou logo o seu buraco; o hóspede, sobressaltado, pulando de prateleira em prateleira, mal escapou com a vida, e despedindo-se do amigo, disse:
- Adeus, camarada, fique com as suas farturas; mais vale magro e faminto no mato, do que gordo na boca do gato.

Moral da história:
Sem sossego de espírito de que valem os outros bens?

                   Esopo (Final do século VII a.C. e início do século VI a.C.)

                                                      Crédito da imagem: http://metaforas.com.br

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