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sábado, 6 de abril de 2013

A coisa de qualidade



Um patriarca, da Velha Europa, fugiu das frequentes fomes e guerras. O imigrante, na América Meridional, instalou-se para começar descendência e odisseia familiar.
O orgulhoso sobrenome, nas novas terras, mudou de grafia e pronúncia. Os infortúnios e percalços, nas primeiras décadas de instalação, foram penosos e trabalhosos.
Uma enxuta descendência, como valiosas sementes à posterioridade, foi constituída e semeada. Uns poucos membros, detentores desse legado, espalharam-se por diversos quadrantes.
Gente de índole honesta e modesta, porém muito econômica e laboriosa. A descendência, conforme os velhos ensinamentos familiares, almeja distância de brigas, injustiças, roubalheiras...
A clã, num pré-combinado (informal), criou uma básica concepção. O acordado, em termos gerais, trata: “- O orgulho do sobrenome é legado e privilégio de poucos. O escasso revela-se sinônimo de coisa de qualidade. Uns poucos membros bastam para fazer a enorme diferença!”
A fama, dessa digna gente, espalhou-se pelos seios comunitários. As vizinhanças carecem de maiores aborrecimentos, as polícias de maiores registros de ocorrências, os familiares de maiores intrigas...
O sobrenome ostenta-se um legado e orgulho duma clã. A imagem denegrida recai sobre o conjunto de familiares. Os laços sanguíneos cedo espalham-se aos cantos e recantos do mundo.

Guido Lang
“Singelos Sucedidos do Cotidiano da Existência” 

Crédito da imagem: http://www.lasercom.jor.br

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