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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O estudo


Os filhos crescem e começam a conhecer as realidades e situações. Os pais obrigam-se a ensinar certos ensinamentos e valores. Cada dúvida e pergunta merece a devida explicação e exemplificação. O não ou o sim necessitam conhecer sua razão de ser.
Os anos transcorrem e o estudo torna-se uma obrigação. Os filhos precisam conviver nos bancos escolares. O governo, sob o signo das oportunidades, administra “a domesticação ao sistema”. Este obriga assimilar os conhecimentos básicos universais, conviver com colegas (da mesma faixa etária), criar suas relações sociais, inteirar-se do espírito consumista... As opiniões e sugestões, dos genitores, passam a valer cada vez menos com a idade. Uns, numa astúcia ímpar, cedo querem mandar nos próprios genitores. Eles, inteirados do mundo da mídia e relacionamentos sociais (redes sociais), acham-se altamente espertos e inteligentes.
Os forasteiros, no seio familiar, cedo passam achegar-se e conviver. Os direitos dos intrusos, em relação à legislação vigente, cedo avolumam-se (na proporção dos meses de convivência). Os casamentos, “com aquela história dos namoridos” tomam vulto com as primeiras intimidades. Inúmeros, nos lares das parcerias, aconchegam-se com as mãos abanando e, lá adiante, almejam sair carregados como formigas (na proporção duma eventual separação). O possuir/ter tornou-se causa maior das brigas e desentendimentos nas famílias.
Um pai, tachado como franco e grosso, cedo foi determinando e falando conselhos. Este, em relação aos seus rebentos, disse: “- Filhos! Preocupam-se em estudar! Acumular os conhecimentos universais à vida. Uma formação fora do alcance da bandidagem e da roubalheira. As oportunidades, de uma boa escola, são para todos. Aproveitem as chances para instruir-se. Quem desperdiçar não sabe se recebe outra. ‘Jamais deixem passar o cavalo encilhado’. A situação é pegar ou largar. O patrimônio familiar não contém com este. O provável é não sobrar nada no desfecho (da existência dos pais). Quem quer ostentar e viver precisa do próprio trabalho para ganhar os dividendos. Nada de querer apropriar-se do suor alheio. O estudo, nesta casa, é a maior herança familiar. A sabedoria consiste em aprender o máximo  de informações úteis”.
Uma realidade social comum tornou-se dos forasteiros apropriar-se do patrimônio familiar alheio. O pai ou a mãe, um dos dois falece, começa a briga pelo inventário/posses. Algum intruso, na primeira ideia, “vislumbra oportunidade ímpar de forrar o poncho”. Este, como marido ou mulher, pensa em apropria-se dos bens alheios. Poucos pensam em batalhar para merecer os bens necessários à vida. Quem avoluma/ganha de graças os artigos cedo costuma passá-los no troco (ou pouco valoriza os bens auferidos).
O indivíduo, com o coração dolorido, precisa conversar certas realidades adversas aos familiares. Os males, dentro das possibilidades, convêm nem deixar criar ou cortar pela raiz. Os forasteiros/intrusos, na proporção das convivências e uniões, costumam ser as causas maiores dos desentendimentos entre as famílias.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano da Vida”

Crédito da imagem:  www.concursospublicos.pro.br

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