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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Drogas: um alerta!


  "Acho que neste mundo ninguém procurou descrever o seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai recebê-la, mas preciso de todas as minhas forças (enquanto é tempo).
   Sinto muito, meu pai, acho que este diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo!
   Sabe, pai, ... Está em tempo de senhor saber a verdade que nunca suspeitou. Vou ser breve e claro. O tóxico me matou, meu pai! Travei conhecimento com meu assassino aos quinze para dezesseis anos de idade. É horrível, não pai?
   Sabe como nós nos conhecemos?
   Através de um cidadão elegantemente vestido, bem falante, que nos apresentou o nosso futuro assassino: o tóxico.
   Eu tentei, tentei mesmo recusar, mas o cidadão mexeu com meu brio dizendo que eu não era homem.
   Não preciso dizer mais nada, não é... Ingressei no mundo do tóxico. No começo foram as tonturas, depois o devaneio e a seguir a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente.
   Depois veio a falta de ar, medo, alucinações, depois euforia novamente. Eu sentia mais do que as outras pessoas e o tóxico, meu amigo inesquecível, sorria, sorria, sorria...
   Sabe pai... a gente quando começa, acha tudo ridículo. Hoje neste hospital eu reconheço que Deus é o ser importante no mundo. Eu sei que sem a ajuda Dele eu não estaria escrevendo o que estou.
   Pai, só o senhor pode não acreditar, mas a vida de um toxicômano é terrível; a gente se sente dilacerado por dentro. É horrível e todo o jovem deve saber disso para não entrar nessa.
   Já não posso dar três passos sem me cansar. Os médicos dizem que vou ficar curado, mas quando saem do quarto balançam a cabeça.
   Pai... Eu só tenho dezenove anos e sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim, mas para o senhor, pai, tenho um último pedido a fazer... Diga a todos os jovens que o senhor conhece e mostre a eles esta carta, diga a eles em cada porta de escola e em cada cursinho, em cada faculdade, em qualquer lugar, há sempre alguém que irá mostrar o seu futuro assassino, o destruidor de suas vidas e que levará à loucura e à morte como eu.
   Por favor, faça isso, meu pai... Já sofri demais.
   Adeus meu pai! Meu amigão!"

          Obs. Esta carta é verídica. Alguns dias depois ele faleceu.

(Fonte: desconhece–se a autoria desta carta)

Crédito da imagem: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/candidatos-do-rio-querem-tirar-debate-do-zero-a-zero

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