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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A confirmação da profecia


O ancião, no apego da lida braçal (possessão da pequena propriedade), profetizou abdicação e descaso. Inúmeros domínios, na acanhada área aráveis, cairiam no desleixo e restauro. As matas, na analogia da selva, retomariam ambiente original. Os jovens, na sucessão, adviriam na mudança do “ganho pão”. A exclusiva dezena de anos, na extenuação da velha estirpe, cairia na renúncia do plantio. Os espaços, na antiga lavoura de subsistência (aipim, feijão e milho), acabariam reocupados. As acácias e eucaliptos, na mescla de nativas, instituíam bosques e brejos. O episódio, na guina do milênio, confirmou-se em aclimes e lotes. O panorama, no vislumbre rural, averígua-se no cenário arbóreo e verde. Os ambientes, na prevenção, apreciam afluência da fauna. A floresta, em exóticas (fruto da ingerência), dissemina-se entre espécies originais. Os ciclos, no sustento, delineiam alterações e etapas. A revolução agrícola, na tecnologia, diminuiu precisões de extensões e tarefas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.overthemundo.com/kablog/?p=605

Os primeiros clientes dos prazos coloniais (Colônia Teutônia/RS)


Os Livros de Notas, no Cartório de Taquari (conservados no Arquivo Público do Rio Grande do Sul), lista os primeiros fregueses dos lotes rurais. Os pioneiros, na Colônia Teutônia, custeavam os encargos na proporção do progresso das produções e poupanças familiares.
A relação, no comparativo do Livro Caixa da Empresa Colonizadora, identifica afluxo e instalação dos precursores. O historiador, na pesquisa, precisa ter em mente os empecilhos da época. As estirpes, na primeira ocasião, tiveram todo tipo impedimentos no assentamento.
A firma, na “Empresa Colonizadora Carlos Schilling, Lothar de la Rue, Jacob Rech, Guilherme Kopp & Companhia”, alargou prazos de custeio. As famílias, no geral, devastaram domínios e saldavam na extensão da produção. A faina, na força do braço, fazia-se no sol a sol.
A legalização, em custeios de cartório e empresa imobiliária, absorvia as parcas economias.  O diretor, no procurador, constituiu-se no emissário oficial. O funcionário, na sede em Glück-auf (Canabarro), arrecadava e repassava os valores aos donos da sociedade particular.
O registro, na subsequência, transcorreu:
Ano de 1863: Cristiano Schwinger.
Ano de 1864: Conrado Schwinger.
Ano de 1866: Almândio Dickel.
Ano de 1868: Francisco Antônio Machado.
Ano de 1869: Pedro Michel, Nicolau Streher, Ernesto Güntzel, Bernardo Roberto Greuner, Alberto Schüler, Nicolau Röhrig, Jacob Franck, Daniel Franck, Guilherme Brust, Abrão Heinrich, Frederico Genehr e Ernesto Hachmann.  
Ano de 1870: Henrique Jung, Guilherme Greve, Frederico Schneider, Adão Zimmermann, Cristiano Zimmermann, Jacó Arnt, Ernesto Hunsche, Guilherme Schonhorst, Frederico Etgeton, Frederico Markus, Julião Baungarde, Jacob Scheiermann, Guilherme Hachmann, Carolina Hauenstein, Gotlieb Borgardt e Miguel Schwingel.
Ano de 1871: Frederico Lautert e Henrique Lautert.
Ano de 1872: Guilherme Prass, Conrado Flech, Cristiano Schneider, Carlos Fries, Jacob Gulach, Jacob Dockhorn, Jacob Lang, Frederico Bohmberger, Conrado Loose, Frederico Kussler, Adolfo Eggers, Carlos Arnt, Carlos Frederico Voges, Manoel Lautert, Frederico Lautert, João Henrique Böhm, Frederico Landmeier, Jacó Schüler, Frederico Hunsche, Adão Fernsterseifer, Henrique Gödtel, Cristiano Schmitt e Frederico Becker.
Ano de 1873: Frederico Kich.
Ano de 1874: Carlos Surkamp, Henrique Zimmermann, Guilherme Dickel, Pedro Schneider, Luiz Diedirich e Abrão Bohnerberger.
Ano 1875: Jacob Elicker, Guilherme Kilpp, Pedro Kilpp, Germano Cord, Augusto Böhm, Jacob Röhrig, Francisco Gok, Francisco Götzen, João Hüther, Henrique Britcki, Guilherme Brune, Jorge Trieweiler, Rudolfo Dahmer e Margarida Ludwig.
Ano de 1876: Jacob Born e João Schröer.
Ano de 1877: Henrique Ritter, Jacob Feldens e Carlos Krieger.
Ano de 1878: Júlio May, Nicolau Heller, Pedro Michel e Plilippina Schneider...
Os estudiosos, na genealogia e história familiar, poderão encontrar a relação dos antepassados e patriarcas. Os bravos, na andança das paisagens, iniciaram no sangue e suor a conquista. Os nomes, nos alicerces familiares, perpassam seguramente na amnésia.

(Guido Lang, Fragmentos da História Colonial, novembro/2015).

Crédito da imagem: https://www.youtube.com/watch?v=6ajBprPpPS8&noredirect=1

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O desaforado ultraje


A prática, no decurso das safras, advinha na incurso e ousadia. Os enjoados, em visita imprópria na plantação, aborreciam na situação. O roubo, no atributo de chegados, acontecia no excesso e hábito. O agricultor, na diligência da labutação, nutria-se escarnecido e subtraído. As melancias, nas crescidas e gordas, eram achadas e desviadas. Os humanos, na analogia das formigas (cortadeiras), carregavam costas e sacos. O lavrador, nas modestas peças, adentrou colírio (purgante). O tóxico, na ação da introdução (seringa), foi adentrado no cerne. As umidades, no corrompido, viram furtadas e roídas. Os consumos, em precoces efeitos, instituíram diarreias e dores (estomacais). O remédio, no aplicado aos abusados e encostados, constituiu cólera e deferência. As incursões, na reavaliação dos atos, ocorreram na amargosa experiência. O indevido, no cultivado, calhou na péssima fama e receio. Os excessos, na sutileza das armadilhas, solicitam antídoto e limites.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://hortas.info/

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os ares de gênio


O solo, no interior do condomínio, surgia disperso e funesto. O entulho, em areia, brita e lixo, acumulou-se no lugar. O recinto, no velho depósito de construção, nutriu-se habitat da bicharada. O sujeito, no instruído das manhas (rurais), insurgiu sítio. Os parcos metros, nos cinco quadrados, auferiram arranjo e utilidade. Os entulhos, no aferro e resignação, andaram ajuntados e saídos. O chão, no açoitado, assistiu-se revirado e solto. As daninhas, na pecha, foram extraídas. Os dejetos, nos lixos orgânicos, foram enterrados. A fecundidade, fruto da decomposição, atraíra micróbios. As minhocas, no fecundo, apresentaram compleição. Os plantios, em chás, legumes e temperos, adotaram demonstração. O assombro, no solo, adaptou ares de gênio. As economias, na redução das aquisições (sacolão), constituíram episódio. A natureza, na agilidade dos brotados, lavra recuperação e utilidade. Os filhos das colônias, no instinto das andanças e manhas dos chãos, lavram assombros e ciências.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://agronegociointerior.com.br/

domingo, 29 de novembro de 2015

A carecida aptidão


O comércio, na venda de materiais de construção, corria de “vento em pompa”. A urbanização, no afluxo de nova gente, instituía alterações e fortunas. As habituais famílias, no negócio imobiliário, auferiam dividendos e riquezas. As trocas, na escassa concorrência, faziam a festa dos excessos nos preços. O proprietário, na boa gente e simples das relações, acolhia freguesia. O altivo número, em compradores, forçou a precisão de empregados. A esposa, no “empinado do nariz”, assumiu acolhimento e cofre. A clientela, no fingido, emanou tratada. Os acertos, na transação direta (em abatimentos), foram subtraídos. As clássicas conversas, entre compradores e vendedores, viram-se suprimidos. A loja, no parco tempo, fez sumir freguesia. A concorrência, no regozijo da inconsideração, apreciou o incurso no ambiente. O exercício e teoria, na sabedoria, andam de dadas mãos. Um exclusivo acolhimento, no abatido do ensejo, desaba na evasão dos clientes. A pessoa, no ofício, precisa advir na aptidão e treino.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://mercadoeconsumo.com.br/

sábado, 28 de novembro de 2015

A ocasião dos encargos


O dia encontrava-se no alvorecer. As galinhas, nas caipiras, estiveram pulando dos poleiros. O chuvisqueiro, nos ares da primavera, esteve umedecendo as paisagens. O dedicado e inabalável produtor, na noção das criações e plantações, saltou do leito. A precisão, no empenho do progresso e sucesso, atendeu incumbência. A ureia, no espalhado manual, completou alocada nas culturas. As unidades, no escolhido a dedo, adviriam no benigno da assimilação. O serviço, em função de adquiridos compromissos, achara horário peculiar. Os caseiros, na situação do horário de verão, mantiveram-se firmes no leito. A realidade, no propício das ocasiões, descreve de ajustar as obrigações. As minudências, na adequada execução das iniciativas, cooperam no completo êxito e ganha tempo. A notoriedade, nas obrigações, persegue aos afinados e dedicados. Os negócios, nas agilidades a aptidões, sobrevêm em missões e mistérios.  O trabalho, no ardor, institui distração e riqueza.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://gramados.net/

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A esdrúxula andança


O pacato habitante, na classe de filho das colônias, tomou direção e peregrinação. O rumo, na folga dos finais de semana, adveio na direção dos bares e mercearias. A aspiração, no amor ao baralho, foi localizar ambiente e companhia. A aposta, no bife ou canastra, cairia na diversão e tempo. O choro e comento, no contíguo dos causais sócios das conversas, ligou-se nas somas das arriscas. Os recém-abonados, no entusiasmo da diversão e podridão, inflacionaram jogo e negócio. Os amigos, no endinheirado (recente), apostam no grosseiro. Os afeiçoados, no baixo cacife, podem desgraçar-se em hora ganho diário ou semanal. A tarde, no azarão, poderia suceder na perda do angariado mensal ou semestral. O paliativo, no arrojo, consiste em assistir meramente cobiça das mesas e pares. A urbanização, no afluxo de migrantes, sucede em novéis crenças e denodos. O singelo, na moda das colônias, cai em ares de atraso e recuo. O sujeito, no sensato cacife, deve julgar as envergaduras da algibeira.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://pt.wikipedia.org