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quinta-feira, 7 de maio de 2020

A BARRIGA CHEIA


Guido Lang

O ancião, “em perdido na linha” (numa sensata localidade dominada pela silvicultura), ostenta-se um modesto lenhador. A madeira, em acácia e eucalipto, verifica-se vendida (no complemento de renda do benefício social). Este, em décadas, labutou como guarda noturno numa afamada empresa. O convívio, em melindrosa vila, externou facetas da criminalidade e transgressão. A vida, no contexto urbano, tratava-se de “um salve-se quem puder para não passar fome”. A maneira, na terceira idade, foi refugiar-se na liberdade e tranquilidade do interior. A subsistência, numa essência de peleia, ensinou uma realidade social. Ela, na tradição oral, acorre externada a descendência. A lição reza: “melhor pobre de barriga cheia no interior do que diplomado/estudado de estômago vazio no contexto urbano”. O indivíduo, na exclusiva existência, convém prezar pela alegria e realização do que batalhar pela fama e riqueza. As sensatas ciências assimilam-se no exclusivo do desenrolar das vivências.

* Livro: Ciência dos Antigos

* Postagem: Júlio César Lang

* Crédito da imagem: http://www.osmais.com/index.php?ver=MTMzODA=

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