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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O estigma por herança

A licantropia, na lenda, pode ser resultado de uma maldição, de um pacto com o diabo, de incesto ou mesmo da predestinação.

Guido Lang

Ao estudioso convém não acreditar em estrupícios. No entanto, a natureza esconde muitos enigmas. O sensato ente, no convívio social, sobrevinha na conduta esdrúxula e reservada. O fulano, por algum infortúnio, via-se agraciado no estigma. Uma família, na massiva desconfiança do comportamento do sujeito, deixou “montada arapuca”. Alguma bebida e comida, em aparência de lavagem, acabaram estiradas propositalmente no pátio. A sexta-feira, em Lua Cheia, sucedeu na visitação. O consumo, no prato, conduziu na “armadilha da caneca de água fervida”. O líquido, nas costas e pelagem, viu-se acertado em cheio. O homem animal, como um raio, esvaziou-se da paragem. A surpresa, no posterior, recaiu sobre o sensato semelhante. Ele, no exato lugar das costas e pele, apareceu com queimaduras provocadas pela água. O cidadão, em excepcionais ocasiões, assumia expressão de monstro. A pelagem, no disseminado do corpo, reafirmava suposição. Os humanos, por herança, carregam sinas. As histórias de lobisomem, na tradição oral, são comuns nos interiores.

Livro: Crônicas das Vivências

Crédito da imagem: https://brasilescola.uol.com.br/folclore/lobisomem.htm

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