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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A banal putrefação

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O residente, em notória gíria, aflui no ativo. O negócio, em marcada esquina, reúne bando de clientes. Os alheios e amigos, em descanso, desfrutam do clima. As notícias, em “conversas dispersas”, ocorrem na diversão e gozação. As amizades, em ocasionais, acabam constituídas e reforçadas. Os homens, em ajuntados, falam em temas imprescindíveis. O futebol, mulherada e polícia, no banal da agenda, envolvem derradeiras ocorrências. O local, em alcunha de igreja, acode no afluído bar. A rápida saída, em aviso da família, abarca consumos. A cerveja, em abonado, costuma fluir no item. O barnabé, no barato, apela ao aperitivo. A devoção, em achaques, acode na energização das ingestões e ócios. O jogo, em carteado, afeiçoa na diversão. Os crentes, em difusão das entidades, perpassam folgas. As bebedeiras, em circulação da economia, ascendem no lucro ao sistema. As tragédias, em brigas, separações e tráficos, caem na amnésia. O ser, em alguma putrefação, arrasta tempo.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.simpsonsworld.com/region-simpsons/

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