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domingo, 20 de novembro de 2016

A inversão do quadro

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A proprietária, na casa grande, acorreu na locação e saída. O dinheiro, em recebido de aluguel, acudia na sorte (de antecipada aposentadoria). A limpeza, no amplo espaço, caía no inutilizado e ônus da faxina. O recurso, em arrendatário (“escolhido no dedo”), acorreu na instalação e usufruto. Os fundos, em cubículo (da mansão), incidiram no abrigo da patroa. O quadro, em escasso tempo, alardeou inversão dos denodos. O sem teto, em afiançado ente, assumia aparências de ostentação. A dona, em abastada, assumia aspectos de mísera. A diferença, em crédito, afluía nas prioridades. O inquilino, na peculiar essência, queria vivenciar encantos (da ocasião). A acessória, em norma do acúmulo, mirava avigorar reservas (na esperança de ralar menos). O complexo, no transcurso da locação, versa em sobrar grana. O superávit, em múltiplos gastos, afluí em obra-prima. O aluguel, em infames trinta dias, consume irrecuperável montante. A vida, na economia, calha em escolhas e sequelas.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://epoca.globo.com/

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