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terça-feira, 4 de outubro de 2016

A venda de ouro

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O mascate, no “ritmo de espera”, aguardava achegada do usual cliente e mercador. O servidor, na função de coveiro (no cemitério municipal da cidade grande), habituou-se em “perpassar no troco”. Os amiudados achados, na remoção (às ossarias dos decompostos entes), acorriam na alegria e vantagem. Os dentes de ouro, na outrora usual moda, advinham na ativa e contínua coleta. O metal, na categoria de artigo (em dezoito quilates), sucedia em reforço e suplemento de ganho/renda. As estirpes, na deferência (aos mortos), faltavam da extração (das dentaduras ou dentes). O ouro, no descoberto, permitia atender afagos e folias. A fundição, no brioso material, acudia em novas atribuições. A venda, no “comércio formal”, perpetrava “festa dos mediadores e joalheiros”. A insegurança, no alastrado da violência, aboliu costume e voga. O sujeito, no alarde da riqueza, cai na pilhagem e sequestro. Os humanos, na ganância do dinheiro, renegam crenças e reverências.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://filhadodonodomundo.blogspot.com.br/

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