Translate

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O insólito pretexto

Resultado de imagem para tribufu


O malandro, no recinto da ofuscada luz (crepúsculo do salão do baile), conheceu sensata senhora moça. A baixa lucidez, no embalo da melodia, conduziu na associação e erro. A convivência, no sabor da bebedeira e folia, assumiu “ares do fica/finca”. O “fogo da paixão”, noutra ocasião, daria vazão aos impulsos. O convite, na “passada da morada” (da benzida), tornou-se ensejo e local. O sujeito, no sóbrio, achegou-se no horário e tempo. O curioso, na claridade do dia, ligou-se na aparência e graça. A sicrana, na vaga maquiagem, semelhava em mero e qualquer “tribufu”. O recurso, em paliativo, consistiu em safar-se da circunstância. O invento, no baque (do conto), foi alegar uma indisposição estomacal. O perigo, no contexto da diarreia, permitiu desaparecer da convivência. “O indivíduo, em situações, embarca em canoa furada”. Quem já não comprou “gato por lebre”? A esperteza, na adversidade, acode em salvar honraria e renome. A beleza, no relativo (belo ou feio), ascende nos anseios e olhares.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://memessocial.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário