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quinta-feira, 30 de junho de 2016

O contrato verbal


O agricultor, no ajuste verbal, alugou desleixada área. O solo, no arável e plano, acorria escasso na linha. A compra, no caro maquinário, demandou espaço. A arrumação, na inovação de roça, caía em adubar chão, abrir passagem, arrancar tocos, extrair pedras, fechar buracos... A tarefa, na massiva mecanização, requereu relevante gasto e tempo. O estabelecido, em três anos de subsecutivo cultivo, acudia na cobertura das despesas. Os encargos, na alheia propriedade, afluíram na exclusiva conta do locatário. O proprietário, na valorização do imóvel (em terra arável e nobre), perpassou no troco. O comprador, no novo dono, alocou outro maquinário. O trabalho, na atinente área, assumiu imediato plantio. O arrendatário, na janela da própria residência, pode enxergar invasão. A solução, na avaria e raiva, foi “chupar no dedo”. A ceifa, na única safra, tinha transcorrido. Os afirmados, no instituído verbal, caem no precoce esquecimento. As pessoas, no dinheiro, despontam desonestas e injustas.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.depositphotos.com/

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