Translate

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Os exageros do tagarela


O amigo, ao parceiro e sócio, narrou às peripécias do esforço e trabalho. As maçantes jornadas, no meio rural e urbano, caíam na canseira e pressa. Os tempos, no decurso, mostraram-se vestidos em avultar ganhos e tarefas. As contas, no vermelho, solicitavam cobertura. O companheiro, na cantilena, ouviu conto. A família, no interior do carro, fazia-se presente na ocasião. “A argamassa, na construção, ocorreu na constituição do pavimento. A carneação, na chácara, esmiuçou par de suínos. Os ajustes, no domicílio, consistiram em consertos... Deparo-me exausto no corpo”. O ouvinte, na habitual fraqueja das colônias, abrilhantou contexto. “O prejuízo, no atropelo e desordenada conjuntura, parece reincidir na esposa”. As intimidades, na afeição conjugal, acabariam seguramente desprezadas. Os másculos, no dissimulado riso, caíram no constrangimento e imaginação. A esposa, no conjunto, sacudia cabeça e deixou de comentar expressões. Certas alocuções, no conteúdo, ferem na analogia da linha de faca. O tagarela, nos exageros, externa fantasias e lorotas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://mestresascensos777.wordpress.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário