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domingo, 5 de abril de 2015

As escassas chances


O moço, filho das colônias, achega-se na residência. A amizade, na filha, advém no apreço e negócio. O rapaz, alocado nas modas (urbanas), advém no adorno. Brincos e pêlos caem no peculiar. A audácia, nos pingentes, ocorre no espanto. As gurias aliciam-se nas graças.
O ancião e pai, na primeira vista, exteriorizou ciência. Os termos, no conselho, fluíram no baque. O rodado mundo, nas muitas andanças, instruiu no juízo dos anos. Certas coisas julgam-se somente no desdobrado das ocorrências. O esdrúxulo, no comum, cai no ridículo.
“Sujeito com brinco? As chances diminuem na preferência. O medíocre macho resulta no rejeite. O varão, na natureza, precisa cumprir feitio. O exemplo, no touro no potreiro (das vacas), serve de inspiração e reserva. As modinhas, no excesso, transportam ao fraquejo”.
“O norte, nos valores da família, ocorre na riqueza. O conto, na ‘Maria vai com as outras’, sobrevêm na burrice e idiotice. A natureza, no extremo sucesso, encalça e guarda sensatos impulsos. As fêmeas, no charme e deleite, preferem o atravancado nas entranhas”.
O sujeito, na ádvena casa e pátio, ficou no embaraço e escuta. A acentuada educação aconteceu na explanação. A mente adotou avaliação. Os genitores, nos mistérios, sucedem na obrigação de exteriorizar aos brotos. Os ingênuos, no saber, precisam de direção e erudição.
As vogas, na compreensão dos antigos, pegam mal na descomunal modernidade. A pessoa precisa relacionar-se com todo tipo de idênticos, porém os íntimos veem-se selecionados a dedo.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.idadecerta.com.br/

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