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terça-feira, 10 de março de 2015

O incurso urbano


O morador, pacato filho das colônias, advinha no desejo do abrigo (ônibus). A edificação, no trajeto da rodovia (estadual), caía no amparo das intempéries. As esperas, na circulação das conduções, calhavam no atraso e ausência. A sombra incidia no conforto.
O clamor, na comuna, sobreveio na repartição das obras. O responsável, na surdina, auferiu mimo. A oferta, no leitão, adveio no benefício pessoal. A discreta putrefação, no tráfego de influência, transcorreu na obtenção do acrescimento. Um presente leva a outro.
O tempo, na doença e espanto, expôs o indesejável. Os andantes, nas agitadas noites, utilizavam o lugar ao censurável. O consumo, nas drogas, acontecia no lugar. Carros e motos, em caravanas ou tribos (urbanas), paravam na estação. Os detritos acresceram no ambiente.
A invasão, no domínio, virou rotina. O alvoroço inibia o sereno sono. O morador, na remoção da parada, daria diversos porcos. A benfeitoria (pública) adveio no aborrecimento e insegurança. A coletividade, nas alienações da modernidade, parece atordoada aos rurais.
A atmosfera artificial, no asfalto e concreto, cai no auto suicídio. As pessoas, na ideia de atuais, desembocam nos sinuosos caminhos. A invasão, na expansão das urbes, introduz as mazelas citadinas (nos recintos do interior). Adições e subtrações andam de mãos dadas.
A realidade transcreve habitual sina: O sujeito resolve uma dificuldade e cria um problema maior. Os vários erros carecem de instituir uma exclusiva verdade.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://detetivecarlos.com.br/

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