Translate

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A primazia partidária


Os pais, filhos das colônias, criaram e educaram os rebentos na pequena propriedade familiar. Criações e plantações, no manejo da terra, sucediam na propriedade particular.
Os preceitos, nas lidas rurais e valores existenciais, incidiam na classe de aprendizes. Os guris, no interior das estâncias, auxiliavam os pais. As meninas, nos afazeres domésticos, ajudavam as mães. A convivência, nas muitas conversas, envolvia a preferência partidária.
A opção, por partidos defensores da iniciativa privada, advinha no desejo e histórico. O exemplo do leste europeu, no cercamento e imposição do socialismo, inspiravam rejeição e temor. As agremiações de esquerda, na sovietização, incorriam na arenga e suspeita.
Os genitores pereceram no tempo. Os filhos constituíram famílias. Princípios, no avanço da tecnologia, acabaram redimensionados e revisados. Os discursos de esquerda tornaram-se primazia. A socialização, no camuflado estatal, criou irreconciliáveis divergências.
Os modestos, na estirpe, abraçaram as esquerdas. Os abonados seguiram as facções da direita. As conversas e visitas, em climas de campanha, faltaram nas famílias. O tema, nas conversas, mostrou-se abstraído. O abandono, nos conselhos, introduziu o distanciamento.
As diferenças econômicas, no tempo, criam as classes. Futebol, política e religião, no ardor e debate, acirram contestações e odiosidades.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário