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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O estranho hábito



O filho das colônias, instalado na vila da periferia urbana, mantinha curiosa rotina. Este, no conjunto de dezenas de moradores, dava-se o ímpar trabalho!
A circunvizinhança, na apatia e descaso, fazia-se de desentendida e indiferente. O exemplo, na aparência, comprovou e ensinou pouco da necessidade de apego e faxina!
O cidadão, nas arrumações e limpezas de pátio, aproveitou o ensejo. As varridas, nos ciscos, folhas e papéis de rua, somavam-se as obrigações e tarefas caseiras!
Os materiais, em dias e semanas, agrupavam-se admiravelmente. Os amontoados eram ajuntados e ensacados nas sacolas. As lixeiras ganhavam o reforço das imundícies!
O vizinho, na atitude, interrogou o objetivo do procedimento. Este, na brandura e sabedoria, exteriorizou o princípio. A ideia via-se transcrita na higiene e limpeza do ambiente!
A resposta sintetizou: “- O morador cria a conjuntura do público. O agradável ou inadequado decorre dos naturais. O lugar retrata a formação cultural dos residentes!”
Alguns, na sutil provocação, jogavam lixo e pontas de cigarro. A ausência do ente municipal obrigava a particular decisão e tarefa. O exemplo revolucionou a aparência!
O indivíduo, no conjunto, precisa fazer a diferença. A correção e trabalho inspiram a elevação da dignidade e qualidade de vida. A altivez transparece nos gestos e sinais!
A esperança, no mundo melhor, começa na nobreza de espírito. O sujeito, na passagem terrena, coopera na conta e cota à evolução do gênero humano!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.humaniversidade.com.br/

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