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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A inovada pescaria


O reservatório estendia-se sobre o cenário colonial. A água, sinônimo de vida, atraía as espécies. As presas, no convite, atiçavam primitivas aptidões e instintos de coleta!
A fauna silvestre, no imenso açude, multiplicava-se estabanada. A reserva alimentar, ao esfomeado residente, palpitava nos olhares. Os inovados pratos assistiam-se possibilidades!
A ambição humana, originária dos impulsos selvagens, adveio no desejo de degustar o diverso. A exótica carne, no cardápio, via-se convite ao variável no paladar!
A cobiça abrangia as arredias rãs-das-moitas. A caçada, na paciência, despontava um ardil de profissional. Os sapos boi, no exemplo, revelaram-se dificílimos de pegar!
O morador, nos apurados instintos, inovou no conhecimento. O estudo do artifício, na acirrada observação, revelou o caminho. O alimento, na preferência, eram as minhocas!
O rural, na alongada taquara, adicionou anzol ao náilon. A cobra-cega viva, na ponta de ferro, via-se espetada. A fura-terra, na agonia e instinto, mexia-se abalada na água e artefato!
As esfomeadas e precipitadas pererecas engoliam anzol e isca. O segredo, no silêncio, consistia em atirar o artifício nas águas e charcos. O fruto assistia-se abundante e corriqueiro!
As esdrúxulas, no peculiar preparado e tempero, atraíam apreciadores e despertavam afrodisíacas crenças.  Os homens, nas necessidades, inovam na finura do amparo animal!
O astuto, no chamarisco, descobre esperta saída. A esperteza reside em descobrir a solução mais viável aos dilemas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.trilhaape.com.br/

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