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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A nobre incumbência



A mãe, pela bênção divina, gerou outro esperado e sadio menino. Este, no conjunto dos manos, acrescentou-se a feliz escadinha familiar de rebentos!
A gravidez e parto transcorreram na normalidade. Mãe e filho, pelas graças dos céus, sofreram poucas dores no transcorrer da geração e nascimento. O milagre da vida repetiu-se!
O pai, depois de dias, ganhou a nobre e sublime incumbência. Ele, adepto inveterado das caipiras (mistura de cachaça, limão e açúcar), recebeu a tarefa do registro!
A missão, da localidade à sede distrital, exigia bons quilômetros de percurso. O paizão, no trajeto, parou no armazém para tomar “o reforço no  viciado remédio”. O organismo exigia!
O cartório, na sede distrital, viu-se procurado e visitado meio zonzo. O detalhe, na carência do apontamento, consistiu no esquecimento do pré-combinado nome!
O jeito foi pensar! O escrivão, no registro, inscreveu rápido os detalhes. A memória, no tradicional lapso, ajudou pouco. A improvisação, como invenção, tornou-se solução!
Outro Ari, às pressas, viu-se inscrito e nascido nas colônias. Os vários, já existentes, obrigaram a criar a alcunha. Os moradores, no geral, conheceram o ser pelo apelido!
A memória, em impróprios instantes e situações, deixa-nos na mão. O esquecimento, como percalço no percurso, mudou a história da valiosa existência!
Os nomes, ouvidos de contínua forma, externam vital importância ao ego e íntimo. As escolhas, nas entrelinhas, descrevem e espelham o grau de conhecimento e formação dos autores!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=789236&highlight=porto+alegre

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