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domingo, 8 de dezembro de 2013

O cenário residencial


O forasteiro, por algum negócio, aconchega-se a localidade. Este, a boa distância, carece de vislumbrar a casa do sicrano. A ideia reside na demolição e mudança de endereço!
A solução, para poupar eventual caminho de encosta, consistiu em perguntar. A resposta, do primeiro informante, reafirma o tradicional local de residência!
O detalhe ostenta-se no avanço cerrado da vegetação. O mato tapou o panorâmico visual! A família, a semelhança dos ancestrais colonizadores, parecia perdida na floresta!
A moradia, a distância maior, vê-se inserida e isolada na cerrada mata. Os coloniais, aos escondidos, desconfiam das transparências. O desleixo denuncia a filosofia de trabalho!
O cenário residencial salienta as crenças e valores. As pessoas socializadas carecem de abrigar e refugiar-se nos matos. Elas procuram e vivem no contato com a civilização!
O indivíduo, neste grande e pequeno mundo, precisa ostentar algum cantinho próprio! O indivíduo, naquele diminuto espaço, pode dar-se o luxo de ser dono do próprio nariz!
O capricho e limpeza exigem penoso e suado trabalho. Quem tem medo de gente, pouco civilizado ostenta-se!

                                                                            Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.flickr.com/groups/frenteafrente/discuss/72157608561250190/

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