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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A bela fera


A jovem, como especial loira, aconchega-se ao posto de gasolina. Os frentistas, a dezena, esmeram-se em atender a cliente! A beleza e formosura saltam as vistas!
A fera, como atraente e esbelta moça, revela-se “amostra de vitrine”. Ela, arrumada e ousada, ostentou-se embonecada e enfeitada! As cantadas seriam muitas e variadas!
O carro do ano, como abonada fulana, enfatiza interesse. Os rapazes, para ganhar graça, debruçam-se no atendimento. O charme derrama a cobiçada e feliz dama!
Os serviços, na água, gasolina e óleo, vêem-se redobrados nos cuidados! Os moços almejam agradar e despertar atenção. A esperança consiste em ser o especial escolhido!
O veterano, na visualização da esdrúxula cena, dá a pitada. Ele avisa: “Vocês! Esqueçam de sonhar não é pra o vosso bico. Algum trouxa, aos carinhos e serviços, paga muito caro!”
Os “estraga prazeres” subsistem nos inúmeros ambientes. Os jovens, em tenra idade, possuem raras condições de sustentar a bonança e opulência do próprio suor!
Os afetos e mimos, de maneira direta ou indireta, são caros e raros. Os amores, na era da globalização, cheiram e primam a dinheiro e negócios!
O indivíduo, em momentos, precisa dar mão à palmatória: a conquista encontra-se fora do cacife da gente. Sábia estratégia revela-se “jogar o verde para colher o maduro”!

                                                                       Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.bahianamidia.com.br

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