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terça-feira, 5 de novembro de 2013

O divino incenso


O calor de verão, há dias e horas, difundia acentuado e pesado ar. As abençoadas e aguardadas chuvas, com o aumento da umidade, achegavam-se ao cenário colonial!
O horizonte, na meio da tarde, avoluma carregadas e escuras nuvens. Os prenúncios de temporal encontram-se iminentes. Os ventos, entre nimbos, prenunciam a fúria natural!
A moradora, pessoa de extrema fé, apela ao tradicional subterfúgio familiar. A lição, assimilada e efetivada pelos ancestrais, visa dissipar a força dos temporais!
A cidadã, às pressas, avoluma folhas e gravetos. A tarefa consiste em constituir um singelo fogo! O fogão, como artefato próprio, mostra-se o local da apressada combustão!
Os materiais, como queima, conhecem a inclusão das palmas do Domingo de Ramos. As benzidas palmeiras, guardadas com zelo a nobre função, externam a intensa fumaça!
O gás carbônico, disseminado pelo espaço, exala os poderes do incenso. As nuvens, numa ativa e misteriosa mudança dos maléficos desígnios, diluem e dissipam-se nas alturas! 
A instabilidade, ativa e temida no lugarejo, aconchega-se calma e chuvosa. A invisível mão, no apelo aos sobrenaturais poderes, mudou intento e quadro adverso!
O Todo Poderoso, na administração da criação, ouve os clamores dos abandonados e desesperados. Os humanos, diante da natural fúria, ostentam-se fracos e indefesos!
A fé, na convicta alma, inunda de bênçãos a vida. Deus, em invisíveis e poderosas mãos, cuida e guarda os adorados e fervorosos filhos!


Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”
Nota: História narrada por Débora Weber/Dois Irmãos/RS.

Crédito da imagem: http://www.redeamigoespirita.com.br

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