Translate

sábado, 12 de outubro de 2013

O ultimato


O camarada, num investimento das economias, edificou chalés. A finalidade, com aluguéis, visava um reforço de renda aos baixos benefícios. Os prédios, situados numa vila das periferias duma média cidade, conheceram a indesejada visitação!
O cidadão, depois de economias e esforços, conheceu aborrecimentos e prejuízos. Uns malandros e vizinhos, tradicionais “consumidores de porcarias”, resolveram fazer a invasão! Estes, diante do ancião e legislação, careceram de maiores problemas e temores!
O momentâneo cochilo, numa modesta noite, levou ao roubo das fiações elétricas. Os fios, das paredes e subsolo, viram-se extraídos por completo. O objetivo, para angariar dividendos com razão de sustentar vícios, consistiu na comercialização dos materiais!
O proprietário, noutro dia da rotineira averiguação, quis ligar a luz. A surpresa revelou-se inacreditável: cadê a fiação? Os imóveis, prestes a alugar, encontraram-se literalmente danificados e escuros! Um prejuízo monetário abusado e elevado viu-se aplicado!
A tamanha raiva, diante do ato, levou a externar impróprias ameaças e palavreados. A ideia de dar alguns tiros, de imediato, somou-se a fúria. As explanações, bem antes do imaginado, achegaram-se aos ouvidos dos autores da façanha!
O resultado: O dono, para não ser caçado e eliminado, obrigou-se a mudar de vila! O cidadão, honrado e trabalhador, encontrou-se a mercê do ultimato dos marginais. A bandidagem, “enfurnados no vício” e problemas com a Justiça, faz descaso com a vida!
As drogas, com o desenfreado consumo e poder do tráfico, mudaram hábitos e valores dos pacatos moradores. O submundo, numa difusão e ousadia ímpar, coloca em cheque legislações e poderes dos instituídos Estados democráticos!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://valquiriaa.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário