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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O garanhão


A viúva, depois de alguma procura, achou o arrumado e preservado cidadão. Este, muito curtido e rodado, ostentava-se “aquele cara e boa pinta”!
O relacionamento, depois do encantamento e galanteio, tomou ares profundos. Alguma visita familiar aproximou e intensificou as amorosas relações!
Os bailes, jantas e passeios estreitaram a convivência. Alguma cervejada, como bebedeira, somou-se as festanças. As intimidades, como experientes adultos, tomaram vulto!
Os desejos levaram ao efetivo conhecimento mútuo. A surpresa, na derradeira hora, adveio no fraquejo da eficiência. O cidadão viu-se traído pela parte própria!
A decepção e frustração, da parceria feminina, definiram os trâmites sucessivos. A mercadoria, na aparência bela e bonita, carregava fraquejos e problemas!
A habilidade e qualidade, em forma de carinho e vigor, mantinha-se deficiente! As aparências descreviam uma realidade. As práticas escamoteavam as fraquezas!
O belo e bonito, “atirado por aí dando sopa”, esconde algum “ensacado coelho”. As aparências e opulências suprimem as carências e deficiências!
O consumidor enfatiza a praticidade e serventia do produto. O cidadão, em situações, vê-se traído pelo estado de espírito ou inspiração do momento!
                                                 
                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogaguanaboca.wordpress.com

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