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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A doação


O proprietário, há dezena de anos, iniciou a colheita do eucalipto. As árvores, a beira da estrada geral e próximas a rede elétrica, assombravam forasteiros e moradores pelo tamanho!
Os cálculos, em meio a variadas previsões de rendimento, consistem em centenas de metros. Os compradores, aos poucos, aconchegam-se para arrematar a matéria-prima!
A quantidade, em pedaços de madeira, revela uma incrível produção. O indivíduo, a título de brincadeira, pode caminhar de um a outro pedaço de lenha por longa distância!
Um aparentado e vizinho, em meio a abundância e fartura, quis meia dúzia de varas. O colonial, junto aos cortadores, pediu pelo corte e valor da mercadoria!
O proprietário, de bom coração e humor, foi gentil: “- Custam simplesmente nada! Como vou lhe cobrar os modestos metros! Veja o milagre divino! As tenras mudas produziram essa maravilha! Acerta unicamente o dispêndio dos cortadores!”
O beneficiado ficou boquiaberto e estático com a generosidade e grandiosidade de espírito. Este, no sistema onde todos querem comercializar e ganhar, desconhecia este tipo de procedimento!
O cidadão, na real, carece de criar e produzir. Este, no máximo, reforma ou reproduz! Os artigos decorrem da criação e doação divina!  O trabalhador, como instrumento, mostra-se ferramenta das evoluções e realizações maiores!
“Uma mão, como cortesia, lava a outra; as duas, no cotidiano, abençoam muitas outras”. O dinheiro, apesar de ser imprescindível à vivência, carece de ser a essência dos relacionamentos!

                                                                           Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://imagensface.com.br/

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